A vida é breve, longa, a arte. (Sêneca)

 

Sobre a Brevidade da Vida, do curador e artista visual Vone Petson, trata-se de uma exposição que busca discutir os aspectos da vida, vistas a partir da perspectiva de vida como tecitura - fios que se cruzam com a urdidura - e que compõe o todo que é o sujeito. Petson aborda em seus trabalhos a premissa de que a consciência de finitude, do destino mortal do ser humano, pode ensinar algo sobre a própria vida. O modo de encarar a vida tem a ver como o modo de encarar o viver. Finitude e infinitude.

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O destino é aqui representado através das figuras das Moiras grega que tinham como símbolo mágico o fuso, a roda de fiar, os fios e a tessitura. Segundo a mitologia, Elas fiavam, mediam e cortavam o fio da vida, entoando canções que prediziam os destinos dos recém nascidos e apareciam como deusas tríplices ou tríades de deusas idosas, envoltas por mantos com capuz ou vestidas de branco, preto ou com idades diferenciadas pelas cores das suas roupas (branco, vermelho, preto).

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Branco, vermelho, preto e dourado são as cores predominantes na exposição. O branco representa o destino, o vermelho está ligado ao sentido da vida, o preto a morte e o dourado está ligado a espiritualidade.

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Sêneca, em Brevidade da vida, quando fala da morte, afirma que normalmente as pessoas lamentam ser a vida muito breve. Responde ele que não é a extensão (breve ou longa) da vida que mais importa, mas o saber viver “não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela” (p. 26).

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O artista aborda ainda duas temáticas muito trabalhadas ao longo da História da Arte o “Vanitas” e “Memento mori”. Ambas discutem sobre a "vaidade" e podem ser compreendidas como uma alusão a insignificância da vida terrena e a efemeridade da vaidade.

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O mais belo que essa exposição traz a seus expectadores é sentido que produz sobre a vida, de que a vida é bela e breve, por esse motivo, precisamos apreciá-la com mais acuidade.

 

Geovana Lima